Chama-se Jean-Marie Gustave Le Clézio, ganhou o Nobel da Literatura em 2008. Foi com oito anos para a Nigéria, onde o pai, médico de profissão, foi colocado durante a II Guerra Mundial. Talvez esta vivência explique o conhecimento e sensibilidade que tem de África e que lhe permitiram escrever Deserto, a grande obra-prima do autor. Le Clézio criou uma personagem riquíssima - a jovem Lalla - que anda pelas colinas do deserto, onde guerreiros, crianças, mulheres, velhos e animais, fogem da morte. Lalla, que chega a Marselha, onde trabalha como criada de um hotel, para se tornar mais tarde numa célebre modelo que cintila por onde passa, brilho que em situação alguma lhe retira a vontade de regressar ao deserto onde cresceu. Lalla, Lalla, Lalla!
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