Caim e José Saramago
O lançamento de Caim de José Saramago está a provocar, como se esperava, uma enorme polémica. Pronunciando-se sobre a Bíblia, o Nobel da Literatura disse: "Eu limito-me a levantar as pedras e a mostrar esta realidade escondida atrás delas. Nada disto existiu, está claro, são mitos inventados pelos homens, tal como Deus é uma criação dos homens". Numa recente entrevista José Saramago foi mais longe: “a Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana”, e noutra ainda acrescentou “Deus é vingativo e má pessoa”.
Confesso que sou um admirador da escrita de José Saramago mas confesso também que depois de ler e assistir a toda esta polémica e à forma como foi alimentada, fiquei com a sensação que José Saramago se proclamou deus, fazendo de Caim uma das suas obras-primas. Não terá ido longe demais?
Nova controvérsia se aproxima: sábado vamos assistir à apresentação do livro Fúria Divina, de José Rodrigues dos Santos. A apresentá-lo estará Abdullah Yusuf, um dos primeiros operacionais da Al-Qaeda, homem de confiança de Osama Bin Laden. Outra acesa polémica se adivinha... Mas não terá sido essa desde o início a intenção do autor?
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