Marcas de Amor

Marcas de Amor é uma surpreendente história de paixão desenvolvida em torno de uma jornalista, irreverente e perturbadora, e de um técnico de televisão que carrega uma intrigante e misteriosa adolescência. Um romance que fará o leitor balançar entre o bem e o mal, entre a verdade e a aparência, entre o amor e o sexo, entre a vida e a morte. Arrebatador, dramático, comovente, um livro cheio de surpresas e peripécias capaz de envolver o leitor, convidando-o a decifrar enigmas, obrigando-o a procurar rapidamente a última linha do livro. Marcas de Amor, do escritor Carlos Porfírio, é também um retrato sarcástico que faz rir e chorar, um enredo extraordinário, um autêntico hino à vida.

Link da apresentação:http://www.carlosporfirio.com/marcasdeamor

 

Excertos

Excerto, capítulo 11

Enquanto as pessoas se começavam a servir, vatapá para uns, feijoada à brasileira para outros, enquanto os empregados serviam os vinhos, verdes, brancos e tintos consoante os pratos e os gostos de cada um, enquanto a animação crescia, enquanto se ouviam os tinidos de facas, de garfos e de copos, enquanto tudo isto acontecia, Marta prestava atenção a tudo quanto a rodeava: às conversas, às desconversas, aos olhares, aos sorrisos, às vozes que se enrolavam com algumas gargalhadas, às palavras que são ditas e às que não estando para sair acabavam por saltar, a Júlia que não tirava os olhos de Rui, a Filipa que para si olhava frequentemente, até mesmo para uma conviva que volta e meio olhava para si.

Excerto, capítulo 5

Gostou das cores da cidade, dos aromas, dos cantos ritmados e vibrantes, das águas quentes das praias da ilha, da cor do céu, da brisa da baía de Luanda. Nos arredores da cidade viam-se os subúrbios, mais conhecidos como musseques, repletos de gente, de meninos de barriga ao léu, alguns com grandes umbigos, quitandeiras a venderem fuba, peixe seco, óleo de palma, quiabos e muito mais.

Excerto, capítulo 7

Despiram-se mutuamente, os corpos foram-se desnudando, para regalo de ambos, uma peça de roupa aqui, outra ali. Dançaram. Não era tango nem valsa, não era jazz nem blues, dançaram a dança do amor que sentiam, a fome carnal e o prazer que os invadia. Marta mordia-lhe o pescoço, parecia querer rasgar-lhe a pele, chupá-lo, bebê-lo aos bocadinhos.

Excerto, capítulo 6

Marta saiu do Cais do Sodré com a alma cheia. O dia estava lindo, a luz bailava sobre as águas do Tejo, a cidade parecia pintada de fresco, com cores vivas e alegres. Trazia a voz de Rui, os seus trejeitos, o sorriso, o olhar, o cheiro, a paz de espírito e boa disposição que ele lhe transmitia. Decidiu aproveitar o resto da tarde para comprar algumas prendas de Natal; a lista era grande, o dinheiro nem tanto. Tinha acabado de estacionar o carro quando o telefone tocou, percebeu que era Rui, sentiu um calorzinho a subir como se fosse uma adolescente, a bem dizer não fazia quinze minutos que se tinham despedido.

Comentários

Lino Silva

em 21 Junho, 2005

Um apaixonante passeio pelo jardím do Amor, onde as cores e os cheiros se misturam até à última página. Um livro que marca qualquer um que goste de romance, ou que goste simplesmente de... viver.

Paula Hortinha

em 17 Junho, 2005

Numa palavra: sublime Em 2 palavras: profundo e surpreendente Tem um enredo que surpreende e motiva continuamente o leitor, é profundo nas ideias, é alegre e triste, dá para sorrir e para chorar. Gostei muito. Fico à espera do próximo.

Edite Carballo

em 02 Junho, 2005

É um livro diferente, gostei! Gostei da sensação com que fiquei depois de o ler é aquela sensação de quem respira ar puro, de quem se emociona perante uma pintura "naif", ou de quem conversa com gente pura e despretenciosa. É um discurso genuinamente simples e puro que pela sua transparência evidencia, naturalmente , a mais primaria das necessidades humanas:a de amar e de ser amado.Parabéns !!!

Catarina Garcia

em 02 Junho, 2005

Deixo aqui o testemunho de uma leitora que descobriu nesta obra um narrador que explora o mundo sensorial completamente inebriado e contagiante... Para mim o livro transparece o quanto as relações humanas são mais sinceras hoje em dia, mas também mais voláteis. Os valores que estão na base das relações actuais mudaram tal como a sociedade, nem sempre necessariamente para melhor. Gostei muito da aura de mistério do enredo, e sobretudo da devolução de uma Lisboa linda, eterna.

Ruth Janice

em 02 Junho, 2005

Marcas de Amor é uma obra de leitura entusiasmante, cuja escrita, plena de cor, sabor e cheiro nos transporta para os meandros da vida de personagens, tão reais, ricos e complexos como a nossa própria existência. Tal leveza de leitura não reflecte a essência desta obra, que é certamente profunda e marcante, mas em simultâneo airosa na maneira como a Mensagem chega à nossa mente. Chorei! Comprometi-me com a Marta a pô-la em prática, para minha felicidade e a de todos os que me rodeiam. Porque a vida é mesmo bela... Leiam este romance!

Rui Sanches

em 02 Junho, 2005

O livro "Marcas de Amor" fez-me ter vontade de voltar a ler um livro até ao fim, coisa que é muito difícil em mim. O livro tem tudo para dar certo pois além de ter uma linguagem acessível (e isso é um dos seus maiores trunfos) e escorreita, chama a atenção para valores que hoje em dia estão infelizmente cada vez mais em desuso, como a justiça e o amor. E há lá coisa melhor que o amor que nasce de um encontro casual, e que vai crescendo sem parar?

Alda Couto

em 03 Maio, 2005

Coragem, determinação e perseverança, são qualidades que o autor, por delas ser rico, transporta para os personagens desta ficção. Carregado de humanismo e inconformismo, este romance transporta-nos para um mundo onde cada passo encontra uma barreira, por isso real, que a força, a fé e o amor ultrapassam até chegarem, juntos, às margens calmas do rio.

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