Marcas de Amor é uma surpreendente história de paixão desenvolvida em torno de uma jornalista, irreverente e perturbadora, e de um técnico de televisão que carrega uma intrigante e misteriosa adolescência.
Um romance que fará o leitor balançar entre o bem e o mal, entre a verdade e a aparência, entre o amor e o sexo, entre a vida e a morte. Arrebatador, dramático, comovente, um livro cheio de surpresas e peripécias capaz de envolver o leitor, convidando-o a decifrar enigmas, obrigando-o a procurar rapidamente a última linha do livro.
Marcas de Amor, do escritor Carlos Porfírio, é também um retrato sarcástico que faz rir e chorar, um enredo extraordinário, um autêntico hino à vida.
Enquanto as pessoas se começavam a servir, vatapá para uns, feijoada à brasileira para outros, enquanto os empregados serviam os vinhos, verdes, brancos e tintos consoante os pratos e os gostos de cada um, enquanto a animação crescia, enquanto se ouviam os tinidos de facas, de garfos e de copos, enquanto tudo isto acontecia, Marta prestava atenção a tudo quanto a rodeava: às conversas, às desconversas, aos olhares, aos sorrisos, às vozes que se enrolavam com algumas gargalhadas, às palavras que são ditas e às que não estando para sair acabavam por saltar, a Júlia que não tirava os olhos de Rui, a Filipa que para si olhava frequentemente, até mesmo para uma conviva que volta e meio olhava para si.
Gostou das cores da cidade, dos aromas, dos cantos ritmados e vibrantes, das águas quentes das praias da ilha, da cor do céu, da brisa da baía de Luanda. Nos arredores da cidade viam-se os subúrbios, mais conhecidos como musseques, repletos de gente, de meninos de barriga ao léu, alguns com grandes umbigos, quitandeiras a venderem fuba, peixe seco, óleo de palma, quiabos e muito mais.
Despiram-se mutuamente, os corpos foram-se desnudando, para regalo de ambos, uma peça de roupa aqui, outra ali. Dançaram. Não era tango nem valsa, não era jazz nem blues, dançaram a dança do amor que sentiam, a fome carnal e o prazer que os invadia. Marta mordia-lhe o pescoço, parecia querer rasgar-lhe a pele, chupá-lo, bebê-lo aos bocadinhos.
Marta saiu do Cais do Sodré com a alma cheia. O dia estava lindo, a luz bailava sobre as águas do Tejo, a cidade parecia pintada de fresco, com cores vivas e alegres. Trazia a voz de Rui, os seus trejeitos, o sorriso, o olhar, o cheiro, a paz de espírito e boa disposição que ele lhe transmitia. Decidiu aproveitar o resto da tarde para comprar algumas prendas de Natal; a lista era grande, o dinheiro nem tanto. Tinha acabado de estacionar o carro quando o telefone tocou, percebeu que era Rui, sentiu um calorzinho a subir como se fosse uma adolescente, a bem dizer não fazia quinze minutos que se tinham despedido.
em 07 Março, 2006
Um caldeirão de sentimentos, uma narrativa que nos embala para um mundo de ficção que facilmente oferece a possibilidade de nos revermos nos mais ínfimos pormenores de uma história que eu já vivi e que muitos outros também já teram vivido, certamente. Não há nada mais belo que a simplicidade do sentimento e aqueles que o deixam transparecer de uma forma tão genuína e, ao mesmo tempo, tão abrangente e acessível - o grande trunfo desta obra - só têm e terão a minha admiração. Os meus parabéns. "Os olhos molharam-se, mas desta vez, porém, as lágrimas não cairam."
em 21 Junho, 2005
Um apaixonante passeio pelo jardím do Amor, onde as cores e os cheiros se misturam até à última página. Um livro que marca qualquer um que goste de romance, ou que goste simplesmente de... viver.
em 17 Junho, 2005
Numa palavra: sublime Em 2 palavras: profundo e surpreendente Tem um enredo que surpreende e motiva continuamente o leitor, é profundo nas ideias, é alegre e triste, dá para sorrir e para chorar. Gostei muito. Fico à espera do próximo.
em 02 Junho, 2005
É um livro diferente, gostei! Gostei da sensação com que fiquei depois de o ler é aquela sensação de quem respira ar puro, de quem se emociona perante uma pintura "naif", ou de quem conversa com gente pura e despretenciosa. É um discurso genuinamente simples e puro que pela sua transparência evidencia, naturalmente , a mais primaria das necessidades humanas:a de amar e de ser amado.Parabéns !!!
em 02 Junho, 2005
Deixo aqui o testemunho de uma leitora que descobriu nesta obra um narrador que explora o mundo sensorial completamente inebriado e contagiante... Para mim o livro transparece o quanto as relações humanas são mais sinceras hoje em dia, mas também mais voláteis. Os valores que estão na base das relações actuais mudaram tal como a sociedade, nem sempre necessariamente para melhor. Gostei muito da aura de mistério do enredo, e sobretudo da devolução de uma Lisboa linda, eterna.
em 02 Junho, 2005
Marcas de Amor é uma obra de leitura entusiasmante, cuja escrita, plena de cor, sabor e cheiro nos transporta para os meandros da vida de personagens, tão reais, ricos e complexos como a nossa própria existência. Tal leveza de leitura não reflecte a essência desta obra, que é certamente profunda e marcante, mas em simultâneo airosa na maneira como a Mensagem chega à nossa mente. Chorei! Comprometi-me com a Marta a pô-la em prática, para minha felicidade e a de todos os que me rodeiam. Porque a vida é mesmo bela... Leiam este romance!
em 02 Junho, 2005
O livro "Marcas de Amor" fez-me ter vontade de voltar a ler um livro até ao fim, coisa que é muito difícil em mim. O livro tem tudo para dar certo pois além de ter uma linguagem acessível (e isso é um dos seus maiores trunfos) e escorreita, chama a atenção para valores que hoje em dia estão infelizmente cada vez mais em desuso, como a justiça e o amor. E há lá coisa melhor que o amor que nasce de um encontro casual, e que vai crescendo sem parar?
em 03 Maio, 2005
Coragem, determinação e perseverança, são qualidades que o autor, por delas ser rico, transporta para os personagens desta ficção. Carregado de humanismo e inconformismo, este romance transporta-nos para um mundo onde cada passo encontra uma barreira, por isso real, que a força, a fé e o amor ultrapassam até chegarem, juntos, às margens calmas do rio.
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