Fogo à peça

Agora que já gozei uns dias de férias (poucos), que já atravessei uma parte do país a arder, agora que já voltei a ligar o televisor para voltar a ouvir falar nos mexericos políticos, ou nos casos que a nossa (in)justiça vem tratando desde há não sei quantos anos, ou no aumento do desemprego, ou no rastilho que paira sobre alguns países europeus com Portugal à cabeça, agora que já voltei a ouvir falar da crise política, de outras crises como a da indústria, da agricultura, da saúde, da educação, da cultura, da segurança social, do trabalho, do crédito, do liberalismo, do Euro, da Bolsa, do clima, do petróleo, dos cereais, do café, do Irão, da Coreia do Norte, do Afeganistão, da globalização, das políticas de esquerda, de centro, de direita, de extrema-direita, e de todas as outras crises de que já ouvi falar certamente mas que de momento não me recordo, dou conta de que ainda estou vivo e que tenho de trabalhar.

E agora, fogo à peça, antes que a crise tome conta de mim!

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