Capítulo 10

"Quando chegaram à pousada foram de imediato à esplanada. Era tempo de um brinde singelo. Brindaram ao amor, ao prazer, à osmose que entre eles acontecia. E foi quando chegaram ao quarto que se deu o clímax, a um tempo mágico e divinal. O odor do desejo impregnara o ar, o tempo começara a dançar, ondulando, tal como ondulavam as peças de roupa que saíam daqueles dois corpos. Dois corpos sedentos, dois corpos unidos, que dançavam e gemiam, que subiam e desciam, que ardiam e vibravam. Era a dança do amor, a dança do prazer, num movimento sublime, num arfar delirante, numa entrega total, numa fome sem fim. Depois, chegados à abóbada, e só depois, adormeceram."
 
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