Capítulo 8

"As horas passavam caladas, Rui sentia uma dificuldade extrema em concentrar-se no seu trabalho. A ansiedade crescia, sentia o seu ritmo cardíaco aumentar. O telefone tocou várias vezes ao longo da manhã. Cada vez que o aparelho iniciava a sua cantoria esganiçada, Rui sentia uma emoção instalar-se, que logo se desfazia quando se apercebia que não era Marta que estava do outro lado. O telemóvel, aquele pequeno aparelho que transmite sons à distância, estava a transformar-se na máquina da tortura. Sentia-se na pele de um adolescente que acabara de se apaixonar."
 
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